Depois do Brasil as maiores diferenças ocorrem na áfrica do Sul (33%) no México (298%) e na Argentina (261%). Nos Estados Unidos a diferença é de 208%. As menores diferenças nas remunerações são registradas na Suécia (11%) Dinamarca (101%) Reino Unido (9%) e índia (63%).

Além da brecha salarial as mulheres sofrem outros tipos de discriminação como uma menor promoção da carreira profissional e a carência de políticas que conciliem o trabalho e a vida familiar. Uma situação que só se explica pela discriminação arraigada nas organizações pois até no quesito escolaridade as mulheres superam os homens.

Conforme levantamento da Catho empresa de recolocação brasileira o percentual de mulheres com Graduação (43%) e Pós-graduação (27%) é de 70% contra 66% dos homens (28% com Pós-graduação e 38% com Graduação).

E isto acaba gerando um perfil qualitativo da vida profissional das mulheres que as coloca na base da pirâmide produtiva do pais quando se leva em consideração os ramos de atividade econômica. No entanto esta qualificação não se reflete nos salário. O estudo da Catho constata ainda que o percentual de mulheres empregadas é maior em segmentos com média salarial mais baixa.

Ou seja no ano em que registramos com orgulho a 36a. comemoração oficial do Dia Internacional das Mulheres oficializada desde 1975 pela ONU constatamos com pesar cívico cultural e social que ainda temos uma grande tarefa pela frente para se buscar o respeito à dignidade das mulheres. Especialmente nos ambientes de trabalho. Onde a qualidade da contribuição feminina por agregarem mais tempo de estudo e formação acadêmica é superior a dos homens.

Devemos nos empenhar também para ampliar esse respeito por uma questão de respeito à mãe mulher e trabalhadora para dentro de casa ambiente em que as mulheres são vitimas da violência dos seus companheiros e ainda carregam o peso da dupla função.

Pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc em fevereiro deste ano projeta uma chocante estatística: a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. E já foi pior: há 10 anos eram oito as mulheres espancadas no mesmo intervalo.

Realizada em 25 Estados a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado” ouviu em agosto do ano passado 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos. Aborda diversos temas e complementa estudo similar de 2001. Mas a parte que salta aos olhos é novamente a da violência doméstica.

A pesquisa chega a dados assustadores que significam dor física e humilhação dentro de casa para as mulheres e mostra que 72 milhões de mulheres com mais de 15 anos sofreram agressões sendo que 13 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

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