‘O aumento dos preços da cesta básica voltou a corroer o poder de compra das pessoas que ganham o salário mínimo invertendo uma tendência que marcou quase todo o período do governo Lula e o início da gestão Dilma.
Nos 12 meses encerrados em março o valor da cesta básica nas principais capitais teve a maior alta dos últimos dez anos. Em São Paulo subiu 231% segundo o Dieese. No Rio aumentou 227%; em Brasília 225% e em Salvador 326%. Já o salário mínimo avançou apenas 9% no período.

Até então o que vinha ocorrendo era o inverso: o salário mínimo ganhava poder de compra em cima da cesta básica ano após ano com exceção de uma pequena perda em 2010 mais do que compensada em 2011 e 2012.

O gráfico abaixo deixa isso claro. Mostra qual a parcela do salário mínimo em termos porcentuais que fica comprometida com os produtos da cesta básica.

Em março de 2003 por exemplo essas mercadorias consumiam 91% do mínimo em São Paulo. A proporção foi caindo sistematicamente até chegar a 48% no ano passado.

Nos últimos 12 meses no entanto houve uma alta significativa e a proporção subiu para 54%. Em outras palavras ao contrário do que ocorria no ano passado hoje o salário mínimo deixou de ser suficiente para comprar duas cestas básicas.

No ano que vem o aumento do mínimo deve ser menor porque seu cálculo que leva em conta o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2014 o reajuste vai se basear no crescimento econômico de apenas 09% registrado em 2012. (Fonte: UOL)

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