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Enquanto a maior parte das empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve perdas substanciais em seus valores de mercado algumas empresas ainda tiveram valorização durante o mês de setembro. E nessa ponta os maiores bancos privados do país tiveram significativos ganhos considerando o valor total de suas ações. O Itaú foi a empresa com o melhor desempenho no mês: ganhou R$77 bilhões e passou a valer R$94 bilhões segundo estudo da consultoria Economática.
Quase na sequência veio o Bradesco com ganho de R$1704 bilhão que permitiu à instituição passar a valer R$89 bilhões pela avaliação dos investidores. Entre as duas instituições financeiras apenas a fabricante de bebidas AmBev. Segundo o estudo as empresas com ações mais negociadas se desvalorizaram R$179 bilhões no pior mês da bolsa desde abril de 2004. De 337 companhias apenas 50 não tiveram perdas.
As maiores quedas foram das empresas que vendem matérias-primas. A Vale perdeu R$33 bilhões seguida por Gerdau CSN e Usiminas. A BM&F Bovespa – controladora das duas bolsas brasileiras – perdeu R$8 bilhões. A Petrobras apesar da volatilidade não ficou entre as empresas com maiores perdas: teve desvalorização de R$1492 bilhão dos R$3456 bilhões que valia no início do mês.
Apesar dos ganhos de valor de Bradesco e Itaú o setor de finanças e seguros foi o de terceiro pior desempenho em setembro: perdeu R$135 bilhões sendo R$26 bilhões de Unibanco e Banco do Brasil cada. Apenas mineração e siderurgia com quedas de mais de R$365 bilhões cada superaram o setor. Em seguida vieram os segmentos de energia elétrica e construção civil com perdas de mais de R$9 bilhões cada um.
Para o analista Aloisio Lemos da corretora ágora o ganho de valor de mercado dos bancos no mês foi uma recuperação. O setor tem sofrido forte desvalorização desde o início da crise do sistema financeiro americano no ano passado.
– Os bancos vinham perdendo mais do que os outros setores desde o fim do ano passado – disse.
Fonte: O Globo
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