O Brasil tem um dos piores índices de representação de mulheres no poder público com uma média que chega a ser inferior a dos países árabes região considerada como uma das mais problemáticas em termos de direitos das mulheres. Entre os 156 países avaliados pela entidade o Brasil ocupa apenas a 108 posição no que se refere ao número de mulheres na Câmara de Deputados. O índice registrado é de 9% ou seja 46 deputadas entre 513 membros. No Senado 123% são mulheres dez de um total de 81 senadores. Segundo a UIP países como Gâmbia Sierra Leoa Níger Síria Sudão China e Iraque contam com números mais positivos de participação feminina no poder que o Brasil.

A média brasileira é ainda quase metade da média mundial. No mundo 177% dos parlamentares são mulheres número recorde desde 1945. Há dez anos esse índice era de apenas 11%. Nos senados a proporção chega a 167%. Apesar do progresso dos últimos anos a UIP acredita que uma paridade entre homens e mulheres no poder somente ocorrerá em 2050. Hoje a liderança é de Ruanda com 488% de mulheres ocupando cadeiras nas câmaras de deputados seguido pela Suécia com 47% Finlândia com 41% e Argentina com 40%.

Antes das eleições em 2006 o Brasil ocupava a 103ª posição no ranking. Naquele ano o Brasil tinha um índice inferior de mulheres no Congresso de 88%. Mas apesar de ver um aumento da participação feminina nas últimas eleições o crescimento foi inferior ao registrado em outros países e o Brasil acabou caindo algumas posições no ranking.

MINISTéRIOS – Em termos de representação das mulheres no governo federal a entidade aponta a existência de quatro ministras entre as 35 pastas até o final do ano passado. Em termos percentuais isso representa 114%. Com tais índices o Brasil ocupa a 64ª posição no ranking longe dos 57% da Finlândia ou Chile com 40%. Segundo a UIP a média no mundo é de 161% mulheres nos gabinetes federais.

Segundo o secretário-geral da UIP Anders Johnsson a América Latina tem uma das melhores representações de mulheres no poder inclusive com presidentes no Chile e na Argentina. Na América Latina a representação feminina nos congressos passou de 17% para 23%. A UIP também alerta para o pequeno número de mulheres nos postos de presidente e primeiro-ministro. Dos 150 chefes de Estado apenas sete são mulheres. Dos chefes de governo há apenas oito mulheres entre 192.

Fonte: Agência Estado

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