“As privatizações tiveram a importante função de permitir que o governo livre de investir nessas empresas pudesse gastar com outras áreas como os programas sociais“ explica Alexandre Chaia professor de finanças do Insper.
O PND colocado em prática em 1991 com a privatização da Usiminas dura até hoje com a concessão de aeroportos e hidrelétricas executadas pelo governo Dilma. No governo Lula um dos principais eventos foi a continuidade das concessões para exploração da transmissão de energia prevista no PND. Em 2003 foram leiloadas na Bolsa de Valores de São Paulo concessões para 11 linhas de transmissão em oito estados com investimentos previstos de R$ 18 bilhão. Também foram vendidos bancos estaduais como o BEM (Banco do Estado do Maranhão) e o BEC (do Ceará).
“O processo de privatização andou tanto no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso quanto nos do PT. São partidos de visões diferentes mas o pragmatismo deu resultados bastante positivos“ diz Armando Castelar Pinheiro pesquisador do Ibre/FGV professor da UFRJ e ex-chefe do Departamento Econômico do BNDES.
As concessões são uma forma de desestatização na qual o estado não vende o bem ou empresa em definitivo mas “aluga“ sua administração por um período pré-definido normalmente mais longo que o de contratos comerciais comuns. “Hoje as concessões são mais frequentes porque não há mais empresas estatais que despertem tanto interesse do setor privado; as mais rentáveis ou que precisavam de investimentos com mais urgência já foram vendidas“ diz Chaia.
Em dezembro de 2007 a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realizou o leilão da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio a primeira do complexo do Rio Madeira em Rondônia. O Consórcio Madeira Energia foi o vencedor do leilão. No mesmo ano a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) licitou 2.600 quilômetros de rodovias federais.
Em 2008 foi feito o leilão da Usina Hidrelétrica Jirau também no rio Madeira que terá capacidade instalada de 33 mil MW. O leilão foi vencido pelo Consórcio Energia Sustentável do Brasil (CESB) formado pelas empresas Suez Energy South América (501%) Camargo Corrêa (99%) Eletrosul (20%) e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (20%).
O governo também abriu mão ainda em 2008 de participações minoritárias em empresas que tinham sido privatizadas como na venda de R$ 1 milhão em ações da Amazônia Celular.
Agora o foco do PND está na concessão de aeroportos. Além da construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) o governo deve entregar à iniciativa privada os terminais de Brasília Viracopos e Guarulhos ambos em São Paulo. No edital dos leilões está previsto algo difícil de imaginar quando o PT fazia parte da oposição: mesmo estrangeiros poderão participar do processo.

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Fonte: IG

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