O Banco do Brasil espera que a aquisição da Nossa Caixa seja aprovada pelos acionistas antes do Natal. Ontem o presidente do banco Antonio Francisco de Lima Neto convocou uma assembléia de acionistas para 23 de dezembro para aprovar a operação.

O encontro será condicionado à aprovação pela Assembléia Legislativa de São Paulo de autorização para o governo estadual vender o controle da Nossa Caixa. A expectativa é que o legislativo ratifique a operação até o dia 19 quando entra em recesso. A Assembléia marcou para quinta-feira a audiência pública para discutir o assunto.

Além da aprovação pelos acionistas do BB a operação também deverá ser submetida aos acionistas da Nossa Caixa. Nos casos das incorporações dos bancos de Santa Catarina e Piauí as assembléias para incorporação foram marcadas para os mesmos dias que a do BB. Até o início da noite de ontem a Nossa Caixa não havia comunicado nenhuma assembléia.

O passo seguinte será a concretização da venda do controle acionário quando o BB assumirá formalmente o compromisso de pagar parcelas mensais ao governo de São Paulo. O memorando de entendimento prevê que o BB pagará R$ 538 bilhões pela Nossa Caixa representado por 7125% do capital em 18 pagamentos mensais de R$ 2992 milhões.

Em seguida será feita a oferta pública aos acionistas minoritários da Nossa Caixa. O BB se comprometeu que irá no mínimo oferecer aos minoritários a mesma condição dada aos controladores. O vice-presidente de finanças do BB Aldo Mendes disse em teleconferência com investidores que poderá fazer a compra das ações em um só pagamento caso seja constatado que os custos de transação serão muito altos se os pagamentos forem feitos em parcelas.

Na ocasião foi informado que o registro da oferta de pública de ações (OPA) para os acionistas da Nossa Caixa deverá ser realizado em março na Comissão de Valores Mobiliários após a aprovação da aquisição pelo Banco Central.

O BC é responsável por avaliar as compras e vendas de instituições financeiras com foco sobretudo na solidez do sistema financeiro. Não há certeza jurídica porém sobre quem analisa operações como essa sob o ponto de vista concorrencial: se o próprio BC ou o Cade. No caso da incorporação do banco de Santa Catarina o BB enviou comunicado aos dois órgãos.

Fonte: Valor Econômico

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