Houve redução da taxa de ocupação assalariada de 02%. Também diminuíram o valor da folha de pagamento (02%) e o número de horas pagas (03%) segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) do IBGE divulgada ontem. A queda de 02% nas vagas de trabalho reflexo da instabilidade econômica interrompe um ciclo de alta. E a previsão para os próximos meses é ruim já que em outubro normalmente há aumento na contratação de mão-de-obra por causa das vendas de fim de ano o que não ocorreu.

Em relação a outubro de 2007 a taxa de ocupação subiu 16% 28ª alta consecutiva. Mas foi a menor expansão desde março de 2007 (15%). No acumulado no ano o emprego aumentou 26%. Apesar da redução de 02% no ano a contratação é maior que a demissão no período ressalta a coordenadora de pesquisas conjunturais da indústria do IBGE Isabella Nunes. Ela destaca porém que isolando os números de outubro há desaceleração do emprego.

– Temos um panorama de desaceleração econômica mas comparando com os números de 2007 o resultado está melhor porque o ritmo de crescimento estava mais forte – diz Isabella acrescentando que dez dos 14 estados pesquisados tiveram taxa de ocupação maior.

As contribuições positivas vieram de Minas Gerais (50%) Rio Grande do Sul (32%) Rio de Janeiro (29%) e São Paulo (17%).

Tendência é de alta no PIB “per capita“ em 2008

Por outro lado cálculos da consultoria MB Associados com base nos dados do IBGE sobre o PIB revelam que o poder de compra da população brasileira vai crescer neste ano e no próximo. A consultoria projeta que o PIB real per capita avançará 364% este ano frente a 2007 de R$13.990 para R$14.500. Em 2009 frente a 2008 o aumento será de 158% para R$14.730.

O economista Marcelo Neri chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV) lembra que o PIB per capita serve como indicador mas não reflete avanço em todas as camadas da população. Para ele no entanto o Brasil caminha para uma menor desigualdade. Neri lembra que os 10% mais pobres tiveram aumento acumulado da renda per capita no Brasil de 497% entre 2001 e 2007. Nesse mesmo período os 10% mais riscos registraram alta de 68% na renda sinal de melhor distribuição.

– Para frente as questões ainda estão em aberto. Quem vai perder dinheiro quem vai ganhar quando. Existe um cenário de restrição de crédito e grandes empresas sofrendo.

Para a economista Renata Machado da MB Associados o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2008 e 2009 será maior que o da população o que contribui para o enriquecimento médio. Segundo o IBGE a população somará 1892 milhões de pessoas este ano alta de 188%.

– Estávamos vendo um crescimento forte da população e um PIB com baixo desempenho. Isso mudou a partir de 2006 e será intensificado este ano – disse ela que estima avanço de 56% no PIB em 2008.

Fonte: O Globo

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