A perspectiva de grandes operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) colabora para o cenário. Estimativa apresentada pelo chefe do Departamento Econômico do BC Altamir Lopes mostra que o ritmo de expansão do crédito deve desacelerar em todos os bancos. Mas nos privados nacionais a desaceleração deve ser mais forte e as operações devem crescer 14% em 2011 prevê o BC.

Confirmados os números bancos públicos retomam o posto de líderes no crescimento do crédito posição perdida para os privados em 2010. De janeiro a novembro deste ano o conjunto de instituições estatais aumentou os empréstimos em 198%. No mesmo período privados nacionais avançaram 202%.

Para os bancos estrangeiros a velocidade de expansão dos financiamentos deve ficar em 12% no primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff. O ritmo é comparável ao observado em 2010 já que o volume cresceu 124% no ano até o mês passado.

Altamir explica que a liderança dos públicos é respaldada nos volumes expressivos de empréstimos tomados por empresas nas operações de crédito direcionado – já que o número contempla também o BNDES.

“Há muitos desembolsos já contratados que serão liberados em breve. Há ainda volumes expressivos de rolagem de empréstimos contratados anteriormente“ afirmou Altamir.

Habitação. Entre as várias operações realizadas pelos bancos públicos em 2010 as linhas para financiamento habitacional foram as que mais cresceram. Em novembro a carteira avançou 36% na comparação com outubro e acumula expansão de 58% em 12 meses.

“A oferta de crédito pelos bancos públicos traduz maior demanda por crédito habitacional e por parte da indústria“ cita o relatório do BC divulgado ontem. Mesmo com crescimento pouco inferior ao dos privados em 2010 instituições públicas mantêm a liderança na divisão do mercado de crédito.

Em novembro 42% do estoque de todos os empréstimos concedidos eram dos estatais. A participação dos privados nacionais era de 406% e dos estrangeiros de 174%.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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