O Instituto FGTS Fácil calcula que os trabalhadores deixaram de receber R$492 bilhões em remuneração somente em 2010. E outros R$7957 milhões no ano anterior. Esta foi a diferença entre a inflação medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o reajuste das aplicações dos trabalhadores no período.

Enquanto a correção dos recursos mantidos no FGTS ficou em 362% entre dezembro de 2009 e novembro de 2010 a inflação do período foi de 563%. A remuneração do dinheiro do fundo é feita a partir da Taxa Referencial (TR) mais juros de 3% ao ano. A TR de dezembro foi calculada com base na inflação dos 12 meses anteriores.

Nos últimos 15 anos cotista deixou de receber 153%. Segundo o consultor legislativo do Senado Marcos Köhler os prejuízos dos trabalhadores já são antigos. No total o cotista do Fundo deixou de receber 153% nos últimos 11 anos uma média de 15% anualmente. Köhler lembra que nesse período a remuneração do FGTS só ganhou da inflação em três anos de 2005 a 2007. No primeiro ano a rentabilidade foi maior em 026 ponto percentual e em seguida de 190 e 007 ponto respectivamente.

Para o presidente do Instituto FGTS Fácil Mario Avelino o prejuízo do trabalhador em 2010 é ainda maior se considerado no cálculo que a correção deveria ser feita pelo IPCA mais 3% ao ano para garantir o poder de compra do trabalhador. Usando esse raciocínio os cotistas teriam deixado de ganhar R$153 bilhões no ano passado.

Fonte: Clipping Ministério do Planejamento

Comentário da Contec:

Precisamos buscar uma resposta urgente à remuneração do FGTS que está dilapidando o patrimônio dos trabalhadores ano a ano. Os vários governos usam o FGTS como uma reserva para investimentos sem uma preocupação consistente em se remunerar o dinheiro aplicado.

Até mesmo o FI-FGTS que aplicou em 2010 R$ 17 bilhões do FGTS foi alertado pela Controladoria Geral da União (CGU) pela qualidade das empresas financiadas. Segundo texto divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” a CGU apontou problemas tais como: pagamento de taxa de administração considerada acima da média do mercado à CAIXA sobreposição na cobrança de taxa de administração investimentos em ativos de baixa rentabilidade e a ausência de critérios de risco para aquisição de ativos não cotados em bolsa.

Trata-se de um patrimônio dos trabalhadores e precisamos buscar com urgência a remuneração adequada para que nosso dinheiro não continue a sofrer perdas astronômicas que só aumentam com o passar dos anos.

Diretoria Executiva da CONTEC

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