A proposta do Executivo é retirar dois pontos percentuais a cada ano para que ao fim do mandato da presidente Dilma Rousseff a alíquota previdenciária cobrada das empresas sobre o salário do empregado esteja em 14%.

Em compensação o governo vai criar uma alíquota – não divulgada por Barbosa aos presentes à reunião realizada no Palácio do Planalto – que incidirá sobre o faturamento das empresas. A ideia é que essa alíquota seja variável de setor a setor e até mesmo diferente dentro de um mesmo segmento econômico.

A proposta serve para atenuar as críticas dos sindicalistas. As centrais sindicais sempre se posicionaram contra a desoneração da folha alegando que a medida aumentaria o déficit da Previdência.

“Foi a primeira vez que o governo sinalizou com uma contrapartida“ destacou o presidente da Força Sindical deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

Para ele a proposta não significa que o governo está tirando impostos de um lado e colocando no outro lado. “No caso da tributação sobre a folha a mordida é uniforme. Quando incide sobre o faturamento esse índice é variável“.

Paulinho compara por exemplo uma grande empregadora da construção civil com uma empresa de tecnologia. ‘Temos construtoras que têm uma folha avaliada em R$ 50 milhões o que representa uma tributação de R$ 10 milhões. E temos empresas de tecnologia que faturam alto com pequeno número de trabalhadores. Esses não pagam nada“ afirmou Paulinho.

Segundo o secretário-geral da CUT Quintino Severo Barbosa também disse que o governo vai encaminhar de maneira fatiada as propostas de reforma tributária ao Congresso. Ele elogiou ainda a intenção de criar um grupo de trabalho juntando centrais e Planejamento para analisar os números do governo.

O secretário-geral da Presidência ministro Gilberto Carvalho destacou que a reunião serve para mostrar a disposição do governo em discutir todas as propostas com as centrais.

Afirmou que elas serão chamadas para debater o plano nacional de combate à miséria e que o próximo encontro para discutir desoneração da folha poderá envolver também os empresários.

Fonte: Diap

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