São mães irmãs avós tias professoras namoradas esposas filhas sogras amigas colegas de trabalho chefes e assim por diante elas estão em toda a parte. Mas será que mesmo sabendo do seu papel tão crucial na história da humanidade seus direitos são respeitados? Em toda a história da humanidade deparamos com situações que prejudicam as mulheres como discriminação preconceito violência e esquecimento. Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a realidade das mulheres no Brasil não é muito romântica. Elas ainda sofrem muita discriminação em alguns setores como no mercado de trabalho. O estudo mostrou que as brasileiras conquistaram mais empregos ou seja conseguiram mais espaço para trabalhar fora de casa mas continuam ganhando menos do que os homens. Hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe esposa e dona de casa. Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas. Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era antes exclusivamente masculina e apesar de ter adquirido mais instrução os salários não acompanharam este crescimento. As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função. Conforme o salário cresce cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários apenas 193% são mulheres. Embora exista uma certa discriminação em relação ao trabalho feminino elas estão conseguindo um espaço muito grande em áreas que antes era reduto masculino e ganhou o respeito mostrando um profissionalismo muito grande. Apesar de ser de forma ainda pequena está sendo cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido. O grande desafio para as mulheres dessa geração é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Pelo menos elas já provaram que além de ótimas cozinheiras podem também ser boas motoristas mecânicas engenheiras advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si de conquistar aquilo que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história. Em prol da igualdade lutas têm sido travadas por estas guerreiras que em todo o mundo buscam o reconhecimento do seu papel como o tem desempenhado. Mas mudar a realidade da mulher no mundo e no Brasil não é uma tarefa fácil a mudança deve vir pela participação política pela cultura pela educação que damos aos nossos filhos e alunos. Pela compreensão de que somos todos iguais mesmo sendo diferentes. Quando isso acontecer não teremos que criar um dia para defender os direitos da mulher – ou do índio do negro do portador de deficiência e tantas outras datas que foram impostas para que alguns sejam obrigados a referenciar quem merece. Personalidades femininas no Brasil – A primeira mulher a reger (dirigir) uma orquestra no Brasil foi Chiquinha Gonzaga pianista e compositora em 1879. – Em 1917 a professora Deolinda Daltro fundadora do Partido Republicano Feminino comandou uma passeata que exigia que as mulheres tivessem o direito de votar. – A primeira mulher a tornar-se ministra de Estado (representantes dos ministérios como da Fazenda do Trabalho) foi Maria Esther Figueiredo Ferraz nomeada ministra da Educação em 1982. – Anita Malfatti foi uma grande artista brasileira. é considerada a mulher que introduziu o Modernismo nas artes e pinturas no Brasil. Participou da famosa Semana de Arte Moderna em fevereiro de 1922. Ela fez o desenho que abriu a exposição e foi muito elogiada. – Patrícia Galvão mais conhecida como Pagu foi jornalista escritora e fazia parte de movimentos políticos. Era uma ativista política. Ela começou a trabalhar muito nova como jornalista com apenas 15 anos. Entrou para o Partido Comunista Brasileiro e participou de greves manifestações protestos. Foi uma personalidade importante nas lutas em favor dos direitos e melhor condição de vida para as mulheres. Morreu em 1962. – Sonia Maria Moraes Angel Jones lutou contra a ditadura militar no Brasil. Foi presa em 1969 e depois de ser solta viveu escondida por causa da forte repressão. Foi assassinada em 1973 quando tinha apenas 27 anos ao ser capturada pelos militares da ditadura. Assim como as mulheres que marcaram seus nomes na história do Brasil com certeza você também conhece uma que faz a diferença. Então aproveite este 08 de março para dar os parabéns a todas as mulheres que embelezam a sua vida. Origem da Data A data de 8 de março como Dia Internacional da Mulher começou a ser comemorado em 1910 e foi oficializada pela ONU em 1977 convertendo-se no símbolo de uma longa história de reivindicações como o direito ao voto a legalização do aborto e ainda hoje em dia a igualdade trabalhista. A primeira tentativa parece remontar a 1909 através do Partido Socialista americano. Em agosto de 1910 foi proposto a criação de um Dia Internacional sem fixar data dentro das crescentes denúncias de discriminação trabalhista e eleitoral sofridas pelas mulheres nos países industrializados. O dia foi comemorado pela primeira vez em 19 de março de 1911 na áustria Dinamarca Alemanha e Suíça. Nessa ocasião mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. Deixado de lado pela divisão do movimento operário e da Primeira Guerra Mundial ressurgiu na Rússia em 8 de março (23 de fevereiro pelo calendário russo) por ocasião de uma manifestação de operárias em São Petersburgo em 1917 para reclamar pão e a volta dos homens da frente de batalha. O protesto originou a Revolução de fevereiro. Em 1921 Lênin o fundador da União Soviética escolheu essa data em homenagem às operárias e iniciava uma tradição nos países comunistas. Na China de hoje as trabalhadoras se beneficiam de meia jordada de folga. Nos anos 70 o movimento feminista se apropriou desta data para fortalecer suas reivindicações pela igualdade de direitos políticos e sociais. E em 1977 a ONU decretou o 8 de março Dia Internacional dos Direitos das Mulheres e pela Paz. Desde então esta data conserva uma importância simbólica em todos os cantos do mundo onde as mulheres ainda devem lutar por seus direitos fundamentais reconhecidos ou acabar com a violência e as persistentes desigualdades de que são vítimas.

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