Abrir mão de conhecimentos acumulados em anos de lida em uma atividade para se embrenhar em um campo completamente novo pode causar arrepios na espinha de muitos profissionais. Mas há fatores que podem minimizar as agruras dessa guinada. Por ser considerada uma tomada de decisão séria e complexa o maior desafio é realizar um planejamento com o objetivo de que o sobressalto entre as mudanças de carreiras seja o menor possível.
Os motivos que levam uma pessoa a reconsiderar seu futuro profissional são os mais variados. Eles vão desde insatisfação com a própria carreira ou mudanças fundamentais no ramo de atuação atração por uma atividade melhor remunerada ou habilidade.
Por isso segundo a diretora da Trato Gestão de Pessoas Cejana de Siqueira Freitas cada caso deve ser analisado separadamente. Ela aconselha a buscar uma consultoria com profissionais da área de recursos humanos para formatar uma orientação de carreira. “é uma decisão muito séria e tudo tem de ser avaliado. Se é uma questão pessoal ou de mercado? Quais as perspectivas?” explica.
Cejana comenta que antes da decisão deve ser analisado se o mercado escolhido pelo profissional tem a ver com o seu perfil além de conciliar dados como idade faixa salarial e perspectivas de mercado. “Pessoas que procuram orientação não arriscam às cegas e têm mais chances de serem bem-sucedidas na escolha” afirma.
O próximo passo é tão importante quanto realizar essa avaliação. Com a tomada de decisão feita o profissional deve partir para sua recolocação no mercado de trabalho. “Ele deve estar disponível para o mercado de todas as formas” diz.
Cejana afirma que o candidato a uma nova carreira deve ficar atento às entrevistas de emprego. Nem sempre a pessoa precisa dar detalhes de que está mudando de carreira. O profissional deve se ater as competências que casem com a nova profissão e apontá-las ao recrutador.
Outra preocupação que o candidato deve tomar cuidado está relacionada a vida financeira. A ideia pode girar em torno de fazer uma poupança ou mesmo reduzir o padrão de vida. Afinal a possibilidade de começar uma carreira ganhando a mesma quantia ou mais que na profissão onde já está consolidado é remota. “E esse fluxo de caixa pessoal deve ser mesmo avaliado já que esse período pode ser longo” diz.
Aposentadoria
Não sou aposentado de alma”. Cejana afirma que essa é uma frase comum entre os aposentados que buscam recolocação no mercado de trabalho. Muitos deles após trabalharem ao longo da vida em apenas uma atividade decidem por outras profissões. Ela exemplifica que muitos aposentados começam a trabalhar como operadores de telemarketing e obtem ascensão rápida dentro da empresa.
Para ela algumas características comuns como tranquilidade e boa articulação são fundamentais para esse fator. “Eles chegam aqui dizendo que não se incomodam de começar ganhando um salário mínimo já que sabem que vão crescer na empresa. E isso muitas vezes acontece” afirma.

Fonte: Jornal O Popular’

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