Além da linha lançada ontem a Caixa possui ainda R$ 4 bilhões pelo Construcard linha de até 60 meses e com carência de 6 meses para reformas de maior porte. Nessa modalidade não há limite de crédito e o valor depende da renda. Lenza afirmou que com todo o crédito disponível será possível aquecer as vendas de material de construção no varejo em 2010.

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) Claudio Elias Conz disse que com esses recursos o setor terá desempenho em 2010 melhor que o aumento de 4% projetado para 2009. “Com o financiamento e a renda crescendo acima de 7% esperamos crescimento de 10% nas vendas em 2010.“

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) estima que as vendas internas do setor deverão crescer 157% em 2010. A expectativa é de recuperação em relação a este ano. De janeiro a outubro houve queda de 1481% no acumulado das vendas domésticas. Já a produção da indústria de materiais caiu 9% de janeiro a outubro de 2009 ante o mesmo período do ano passado.

A expansão esperada para o Produto Interno Bruto (PIB) da construção em 2010 é de 88% para toda a cadeia. Conforme estudo realizado pela FGV Projetos a pedido da associação até 2016 as vendas de materiais terão crescimento real de 777%. A Copa do Mundo de 2014 a Olimpíada de 2016 os investimentos habitacionais e a ampliação da infraestrutura são os fatores em que se baseia a expectativa.

O crescimento das vendas internas de materiais de construção em 2010 não deverá provocar falta de produtos na avaliação do presidente da Abramat Melvyn Fox. “As indústrias de materiais estão utilizando em média 85% da capacidade instalada. Se nada fosse feito poderia haver falta em um ou outro segmento mas o ‘Termômetro Abramat“ de novembro apontou que 60% dos fabricantes pretendem investir nos próximos 12 meses“ disse Fox. Segundo ele em meados do ano cerca de 33% das indústrias tinham intenção de investir.

A indústria de materiais de construção também está preocupada com a entrada de produtos chineses no País como disjuntores cadeados e aço que concorrem com os fabricados brasileiros. Segundo o presidente da Abramat há produtos importados que não estão em conformidade técnica com as exigências do setor e em alguns casos o custo do material é maior que o do produto.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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