O relator da matéria ministro Lelio Bentes Corrêa manifestou-se pelo restabelecimento da decisão regional uma vez que não havia provas por parte do banco de que a empregada exercia função de confiança. No voto esclarece que os registros feitos pela instância de provas deixaram evidentes que a bancária desempenhava apenas funções de escriturária não tinha subordinados nem autoridade para conceder empréstimos a clientes do banco. Gerente era apenas um rótulo que lhe teria sido atribuído pela empresa. A decisão da Quinta Turma na avaliação do relator na SDI-1 contrariou as súmulas n.ºs 102 I e 126 do TST o que o levou a posicionar-se pelo conhecimento e provimento do recurso da trabalhadora.

Ao debater a questão durante a sessão de julgamento o ministro Vieira de Mello Filho ressaltou que dos onze empregados da agência de Uruguaiana onde a bancária trabalhava seis tinham cargo de gerente o que “fragiliza sobremaneira a possibilidade de se presumir que o simples rótulo se habilita à qualificação do trabalhador” e acrescentou que “não basta chegar aqui e dizer que se pagou a qualificação há que se evidenciar as atribuições do cargo de confiança exercido”.

Fonte: Assessoria de Imprensa do TST

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

Postar Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.