O movimento sindical brasileiro vive a ressaca reflexiva após os dois mandatos do presidente Lula um ex-metalúrgico. Sob Lula muitas lideranças sindicais tiveram dificuldade em distinguir o carisma sindical do ex-metalúrgico da figura institucional do Presidente da República.

E nessa confusão muitas lideranças sindicais correram o sério risco de serem subjugadas pela máquina do Estado brasileiro. Que como todos nós sabemos representa predominantemente os interesses dos empresários dos banqueiros e dos industriais.

Traduzindo: os trabalhadores brasileiros sobrevivem num Estado democrático no qual disputam em desigualdade de condições as políticas públicas adotadas em última instância pelo Estado brasileiro.

Depois de muita luta que ajudou a reforçar o carisma do presidente Lula conseguimos algumas conquistas ainda insuficientes.

O salário mínimo foi valorizado mas ainda é o décimo sexto entre os países latino-americanos. Muito distante do mínimo definido em nossa Constituição e calculado pelo Dieese em R$ 2.22753. Os patrões continuam demitindo a torto e a direito numa rotatividade brutal que achata a nossa massa salarial. Os acidentes de trabalho criam todos os anos milhares de vítimas fatais e de sequelados. E nossos jovens ainda continuam sem esperança e sem emprego. O desemprego entre os jovens com idades de 16 a 24 anos é o triplo da desocupação entre os adultos.

Por isso acreditamos que: “o sindicalismo não pode ser subjugado pelo governo ou perde sua essência: a defesa dos trabalhadores”.

Agora com o governo da presidente Dilma Rousseff ungida pelo voto direto e pela indicação de Lula o movimento sindical brasileiro acelera a organização e a defesa dos direitos dos trabalhadores da ativa como dos aposentados e pensionistas.

é necessário nos organizar e reivindicar democraticamente porque a outra opção é ter o sindicalismo brasileiro cooptado e subjugado pelo Poder Público.

Uma situação que não interessa nem ao governo e muito menos à nossa democracia. Porque seria entregar a condução do nosso País ao lado empresarial que apoiado na própria mídia conseguiria a curto prazo passar um rolo compressor na essência popular que conseguimos agregar ao Brasil.

Comprometendo inclusive a manutenção dos direitos trabalhistas que conquistamos depois de batalhas ao longo da História do Brasil. Batalhas que nos custaram vidas prisões e muitos sacrifícios.

Hoje temos o status de uma democracia estável ao participarmos de um Estado que respeita a sociedade civil organizada. E como sindicalistas estamos inseridos de maneira organizada no debate e embate político desde a década de 30.

Participamos de todas as resistências democráticas e de todos os avanços sociais que resgataram a democracia brasileira quando obscurecida pelas ditaduras inclusive a civil e a militar. Contribuímos para os avanços econômicos que resultaram no Plano Real de Itamar e FHC. E fizemos parte dos avanços constitucionais e da consolidação dos direitos trabalhistas na Constituinte de 1988.

A agenda da classe trabalhadora brasileira ainda não subjugada pelo Poder Público exige que mantenhamos nossas bandeiras de maneira organizada e consequente.

A partir da reunião que realizamos em Brasília em 27 de janeiro na sede da Contec — Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito — com as lideranças sindicais ligadas ao Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) Cobap CSP-Conlutas e outras entidades decidimos renovar nossas estratégias de mobilização segundo Lourenço Prado coordenador interino do FST.

Na pauta o fim do Fator Previdenciário a manutenção dos direitos trabalhistas o respeito aos servidores públicos em todos os níveis pois eles e elas são o Estado brasileiro em ação.

As decisões de Estado resultam de correlação de forças. E ao nos mobilizarmos ainda temos chances de fazer prevalecer nossos interesses enquanto classe trabalhadora. Do contrário perderemos nossa essência e seremos subjugados primeiro pela classe patronal e em seguida não teremos nem voz nem voto nas políticas públicas adotadas pelo Estado brasileiro.

Convocamos portanto todas as lideranças sindicais do Brasil independente da posição política para o encontro que realizaremos no dia dia 16 de fevereiro às 10 horas em Brasília no Edifício do Congresso Nacional.

Venha e participe do movimento unitário a favor da independência e altivez democrática do movimento sindical brasileiro

Pois é nossa altivez democrática que nos garantirá o respeito do Estado brasileiro que não ousará mais criminalizar nossas mobilizações. é com o orgulho cidadão que manteremos a solidariedade de classe e estaremos sempre prontos para mobilizar energias e o Estado brasileiro de maneira permanente para prevenir as catástrofes naturais como as que aconteceram lamentavelmente na região Serrana do Estado do Rio em São Paulo Minas Gerais e Santa Catarina.

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