Em tempos de inflação crescente a forma encontrada pelo Banco Central para conter o dragão que teima em reajustar os preços é aumentar a taxa básica de juros a Selic. Com isso os bancos também subiram suas taxas. Pesquisa feita pela Fundação Procon de São Paulo mostra que seis das 10 instituições pesquisadas aumentaram os juros do empréstimo pessoal e quatro elevaram o custo do cheque especial em julho em comparação ao mês anterior.

No crédito pessoal a taxa média é de 567% 006 ponto percentual acima da apurada em junho. No cheque especial a média é de 883% 010 p.p. a mais que na pesquisa passada. Os dados explica o Procon se referem a empréstimos concedidos no prazo de 12 meses período usado por todos os bancos analisados. Para o cheque especial foi considerado o intervalo de 30 dias. Além disso os números são para clientes não-preferenciais.

Segundo Diógenes Donizete assistente de direção do Procon o aumento dos juros nos bancos já era esperado mas é preciso ficar atento. “O cliente precisa ser informado sobre as tarifas. O valor pago hoje por exemplo tem que estar em vigor há pelo menos 30 dias” explica. Ele aconselha o consumidor a tomar empréstimo apenas se estiver consciente de quanto será pago no final e do total que será gasto apenas com os juros. “Antes de pegar o crédito é preciso procurar as menores taxas” ensina.

Previsão de alta
A expectativa é de que os brasileiros continuarão pagando cada vez mais para ter acesso a financiamentos. De acordo com o Boletim Focus divulgado semanalmente pelo BC a tendência é de aumento da meta da Selic até o fim do ano. Segundo indicações do documento há quatro semanas o percentual da taxa básica de juros deve fechar o ano a 1425%. Atualmente a taxa está em 1225%.

A inflação no entanto aparece pela primeira vez quase encostada no teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 65%. O boletim indica tendência de alta do indicador há 16 semanas consecutivas. No documento anterior a expectativa para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) índice oficial de inflação era de 640% e no texto divulgado ontem passou a 648%. Há quem diga que o dragão vai engolir ainda este mês o percentual máximo da meta.

Fonte: Correio Braziliense

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