Os cofres públicos e bancos centrais de todo o mundo já arcaram com US$ 124 trilhões até agora para incentivar suas economias e limpar os estragos provocados por grandes bancos globais. Essa conta se transformou numa dívida explosiva de países e agora cobra sua conta e derruba as bolsas de valores.

As instituições financeiras socorridas na crise no entanto estão muito bem obrigado. Seis dos principais bancos ajudados na crise – Bank of America Merrill Lynch BNY Mellon Citigroup Goldman Sachs JPMorgan Chase e Morgan Stanley – lucraram somados US$ 424 bilhões no ano passado aumento de 40% na comparação a 2009. E os bônus dos grandes executivos de Wall Street voltaram com pagamentos que em um dos casos chegou a US$ 233 milhões.

– O problema dos bancos com a dívida imobiliária foi absorvido e eles voltaram a ser lucrativos na maioria dos casos. A crise que era de empresas e bancos transformou-se agora numa crise de governos principalmente em países como Grécia Portugal e Irlanda e provavelmente Espanha e Itália que precisaram socorrer suas economias. Nos EUA a dívida ganhou uma dimensão explosiva e está em níveis preocupantes ainda que a solução preocupe menos do que na Europa – afirma Carlos Langoni ex-diretor do Banco Central e economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) compilados pelo GLOBO a dívida bruta dos países do G-7 – os mais ricos do mundo entre os quais EUA França e Itália – cresceu de US$ 353 trilhões em 2009 para US$ 4126 trilhões em 2011 um aumento de 167%. No mesmo período o Produto Interno Bruto (PIB conjunto de bens e serviços produzidos pelos países) desse grupo avançou apenas 136% considerando projeções do Fundo.

Dessa forma o endividamento dos países passou a representar 1182% do PIB.

Fonte: O Globo

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