‘Pegar um empréstimo pessoal ficou mais pesado em 2013. Dados do Banco Central revelam que os bancos principalmente os privados elevaram os juros entre o fim de 2012 e fevereiro deste ano. Algumas instituições chegaram a subir as taxas em 10 pontos percentuais no período e segundo especialistas esse movimento pode ser intensificado caso o Banco Central inicie um aperto monetário o que tiraria a taxa básica da economia (Selic) do piso histórico de 725% ao ano. Até mesmo o Banco do Brasil que tem sido uma poderosa arma do Palácio do Planalto na guerra contra os spreads (diferença entre o que o banco paga para captar e o que ele cobra para emprestar) elevou juros.

Para especialistas os bancos estariam se antecipando a uma possível alta da Selic o que pode acontecer ainda neste semestre se a inflação piorar ainda mais. O problema dessa estratégia porém é que ela pode travar o crédito. Apenas em janeiro segundo informações do BC as concessões totais de empréstimos e financiamentos encolheram 167% contra dezembro. Para as famílias o tombo foi de 44%. Os números de fevereiro ainda não são conhecidos oficialmente mas executivos de grandes bancos informaram que o ritmo de liberação de recursos no segundo mês do ano continuou moderado.

João Augusto Salles economista da consultoria Lopes Filho disse que parte dessa queda nas concessões é explicada pelo elevado endividamento das famílias. Nos últimos meses do ano passado elas entraram forte no crédito com a aquisição de móveis eletrodomésticos e automóveis beneficiados com o desconto de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A elevação dos juros pode segurar ainda mais o crédito. “Quem tomar dinheiro em banco hoje já pega uma taxa nova que não é referenciada na Selic de 725% ao ano” afirmou. “As instituições esperavam um crescimento em 2013 melhor que o do ano passado mas os dados preliminares estão frustrando metas e planos” ponderou

Fonte: Correio Braziliense’

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