‘O mercado financeiro baixou sua estimativa para a inflação em 2017 para um valor abaixo de 5% algo que não acontece há mais de um ano e também passou a estimar uma retração mais profunda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 além de um crescimento menor no próximo ano.

As expectativas foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (7) por meio do relatório de mercado também conhecido como Focus. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.
A estimativa do mercado para o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano ficou estável em 688% na semana passada na comparação com a semana anterior. Mesmo assim permanece acima do teto de 65% do sistema de metas de inflação e bem distante do objetivo central fixado para 2016 que é de inflação de 45%.

Para 2017 porém a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 5% para 494%. O índice está abaixo do teto de 6% para o IPCA fixado para o ano que vem mas ainda acima da meta central que de inflação de 45%.

Desde outubro de 2015 ou seja pouco mais de um ano o mercado não previa que o IPCA de 2017 abaixo de 5%.
Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA a inflação oficial do país somou 008% em setembro o menor índice para o mês desde 1998. Já em 12 meses a IPCA ficou em 848%.

O BC tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja trazer a taxa para até 65%) e também fazer convergir a inflação para a meta central de 45% em 2017.

Produto Interno Bruto

Para o PIB de 2016 o mercado financeiro prevê agora um encolhimento de 331%. Na pesquisa anterior feita na semana retrasada a previsão a previsão era de queda de 330%.

Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial do IBGE tem início em 1948. No ano passado o recuo foi de 38% o maior em 25 anos.
Os economistas das instituições financeiras também baixaram a previsão de alta do PIB em 2017 de 121% para 120% informou o BC.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro independentemente da nacionalidade de quem os produz e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Taxa de juros

O mercado financeiro manteve a previsão para a taxa de juros no fim de 2016 em 1350% ao ano. Atualmente os juros estão em 14% ao ano. Com isso a estimativa do mercado é de novo corte nos juros até o fim de 2016.

Já para o fechamento de 2017 a estimativa para a taxa de juros permaneceu em 1075% ao ano o que pressupõe uma continuidade da queda dos juros no ano que vem.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados para o IPCA.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas o BC pode baixar os juros.

Câmbio balança e investimentos

Nesta edição do relatório Focus a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 permaneceu em R$ 320. Para o fechamento de 2017 a previsão dos economistas para o dólar caiu de R$ 340 para R$ 339.
A projeção para a balança comercial em 2016 recuou de um superávit (exportações maiores que importações) de US$ 48 bilhões para um saldo positivo de US$ 477 bilhões. Para o próximo ano a previsão de superávit caiu de US$ 45 bilhões para US$ 445 bilhões.

Para 2016 a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou inalterada em US$ 65 bilhões e para 2017 a estimativa dos analistas subiu de US$ 68 bilhões para US$ 685 bilhões.’

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