A família batizada de Estratégia será formada por cinco fundos explica Carlos Massaru Takahashi gerente executivo de Distribuição e Produtos da BB DTVM. Dois serão para o private dois para o segmento de varejo de alta renda Estilo e um para institucionais. Todos serão fundos fechados. O investidor terá um período de aplicação e só poderá sacar o dinheiro após dois anos. A ideia do banco é captar R$ 100 milhões em cada um diz Takahashi. A aplicação mínima no private e no Estilo será de R$ 10 mil.

Os dois fundos do private começam a captar hoje mas um deles encerra as aplicações amanhã e o outro no dia 4 quinta-feira. A taxa de administração de ambos será de 05% ao ano sem taxa de performance ou de saída – uma vez que não haverá possibilidade de resgate antes do fim do prazo. No Estilo um fundo abre amanhã recebendo aplicações até 9 de junho. O outro receberá aplicações do dia 4 quinta-feira até dia 12 de junho. Os fundos do Estilo pagarão taxa de administração de 070% ao ano.

O BB já tinha montado uma carteira de DPGE no fim de maio mas se destinava apenas a aplicações de fundos do private bank. Agora as aplicações serão feitas direto pelos clientes diz Osvaldo de Salles Guerra Cervi responsável pelo segmento private. Esse primeiro fundo captou R$ 97 milhões e está com rentabilidade equivalente a 113% do CDI. ‘Talvez nestes novos fundos não consigamos essa mesma performance pois as taxas dos DPGEs caíram um pouco“ admite Takahashi. Ele estima que os fundos novos consigam retorno em torno de 105% do CDI no caso do private e de 101% do CDI no caso do Estilo.

Essa expectativa de rentabilidade porém pode mudar dependendo do nível dos juros alerta Cervi. Isso porque se o juro da economia cair muito e com ele o CDI o impacto da taxa de administração vai ser maior. “O impacto de uma taxa de administração de 05% em um juro de 10% é muito menor do que num juro de 8%“ afirma. Por isso o retorno final pode ser um pouco menor. O mesmo raciocínio vale para o Estilo.

Para Takahashi os fundos DPGE buscam aproveitar uma oportunidade que surgiu por conta do aperto de liquidez provocado pela crise internacional e que atingiu mais duramente os bancos de menor porte. “Mas essa situação tende a se normalizar então é preciso aproveitar“ diz. A medida do Conselho Monetário Nacional (CMN) proibindo o resgate dos DPGE antes do prazo pode até adiar um pouco sua queda mas não por muito tempo pois os volumes estão crescendo rápido. “O total de DPGE já supera os R$ 6 bilhões é um volume relevante“ diz.

Para Cervi o fundo de DPGE deve ser usado como diversificação. “Não queremos que o cliente concentre muitos recursos nele“ diz lembrando que há uma expectativa de melhora para a economia que indica que ativos de maior risco seja ações ou mesmo renda fixa de crédito também valerão a pena. “Nossa recomendação é que o cliente tenha no máximo 5% da carteira o que significaria na média da nossa clientela R$ 50 mil por cliente“ diz. “Há outras oportunidades e queremos que o cliente mantenha um pouco de liquidez para aproveitá-las“ diz.

Fonte: Valor Econômico

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