O Costa do Sauípe chegou a ser negociado por R$ 200 milhões em setembro de 2008 para a rede jamaicana SuperClubs que administra um hotel no complexo. Ela estava associada ao bilionário espanhol Enrique Bañuelos mas a crise impediu o fechamento do negócio.

Agora fontes do setor contam que a Previ tenta encerrar o contrato de arrendamento com a SuperClubs que vence em meados de julho mas encontra resistência. A Previ só diz que está negociando mas não revela o teor das conversações. A SuperClubs por sua vez não se pronuncia a respeito e manifestou seu apoio ao relançamento por meio de comunicado.

A Previ criou a Sauípe S.A. para ser operadora do empreendimento e espera alcançar o equilíbrio entre despesas e receitas no segundo semestre. Com o investimento anunciado ontem estima que a taxa média atual de ocupação do complexo em torno de 35% salte para até 50%. A última avaliação patrimonial mostrou que o Sauípe vale cerca de R$ 250 milhões.

“Desde 2001 reforçamos nosso compromisso com a reformulação operacional de Sauípe“ afirma o presidente da Previ Sérgio Rosa. O lucro estimam executivos do Costa do Sauípe deverá ser obtido em 2011 também com ajuda de profissionais do mercado que foram contratados para a reestruturação.

Cinco hotéis do complexo localizado no litoral baiano ganharam a bandeira Sauípe mas com diferentes sufixos que identificam perfis de serviços e público. São eles Premium Class Park Fun e Pousadas.

“Os R$ 30 milhões foram usados para reforma de infraestrutura retrofit [reforma interna com a preservação da fachada original] expansão e campanha institucional que será veiculada em junho“ acrescenta o presidente da Sauípe S.A. Eduardo Giestas. Segundo ele a verba para propaganda é de R$ 3 milhões.

A rede SuperClubs administra o resort Breezes. Esse foi o único que manteve o nome original e que não é administrado pela Sauípe S.A. No passado os outros hotéis eram operados por redes diversas como Sofitel e Marriot mas que deixaram o negócio. O presidente do Conselho de Administração do Costa do Sauípe Ivan Schara diz que a negociação com os jamaicanos é confidencial e que deverá ser concluída até o fim deste ano.

Apesar de o contrato do SuperClubs com a Previ valer até meados de julho Schara conta que a rede jamaicana exerceu seu direito de renovação por mais cinco anos. Embora não revele o teor da negociação o executivo afirma que ela está atualmente numa câmara de arbitragem internacional.

“A Previ quer que o SuperClubs saia para administrar o complexo sozinha mas os jamaicanos querem ficar porque numa eventual venda podem exercer o direito de preferência para negociar como arrendatários“ diz uma fonte do setor que pediu para não ser identificada.

Fonte: Valor Econômico

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