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O levantamento mostra que o Brasil está entre os países da América Latina que têm a maior defasagem na tabela do IR perdendo apenas para a Venezuela e a Colômbia. Nessas nações a diferença entre a inflação a atualização da tabela nos últimos 15 anos ficou em 5672% e em 10836% respectivamente. O intuito com esse levantamento é alertar o governo que o mais justo do ponto de vista fiscal é no mínimo repor a inflação de cada ano na tabela do IR afirmou o consultor de Imposto de Renda da Ernst & Young Daniel Villas.
Nos últimos quatro anos a tabela foi corrigida em 45% anualmente valor equivalente à meta de inflação perseguida pelo governo mas que não correspondeu em todos os anos ao avanço real dos preços. Apesar de a Receita Federal ter anunciado que essa será a cartilha seguida na avaliação de Villas o melhor caminho seria procurar um modelo diferente. Para ele o Chile é o melhor exemplo a ser seguido pois o país reajusta a tabela do IR mensalmente de acordo com a carestia dos produtos na economia.
O consultor do Centro de Orientação Fiscal (Cenofisco) Jorge Lobão também defende a revisão dos parâmetros de correção da tabela do IR. Sempre que não há o reajuste mas há reposição salarial pela inflação quem era isento do pagamento de imposto passa a pagar e quem pagava menos gasta mais com o tributo ponderou. Para ele é necessário discutir um modelo que leve em consideração a inflação passada ajustada pela previsão futura de alta de preços.
Fonte: Correio Braziliense
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