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Mas nenhum deles pôde realizar o ganho ainda ontem já que os papéis comprados na distribuição pública só estarão disponíveis para negociação na bolsa a partir de hoje. A liquidação financeira da operação ocorre na próxima terça-feira dia 6.
De acordo com a BM&FBovespa os funcionários do BB que tinham preferência na subscrição dos papéis foram atendidos integralmente. Os investidores que já eram acionistas e participaram da oferta foram atendidos no seu limite de direito para não serem diluídos ou na quantidade reservada o que fosse menor.
Em sua oferta pública o Banco do Brasil distribuiu 396 milhões de ações ordinárias (com voto) sendo 286 milhões em oferta primária e 708 milhões em colocação secundária. As ações foram vendidas a R$ 2465 mesmo preço de fechamento dos papéis na quarta-feira.
Os R$ 705 bilhões levantados com a venda primária de ações vão para o caixa do banco para reforçar o patrimônio líquido. Os R$ 964 milhões da parcela secundária vão para a BNDESPar e dois fundos governamentais que foram vendedores na operação.
Considerando o lote extra também secundário de mais 391 milhões de ações e que já foi registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a oferta pode chegar a R$ 97 bilhões.
Segundo o banco um dos principais objetivos da operação era elevar o capital em circulação para 25% percentual mínimo exigido pelas regras do Novo Mercado. De acordo com o prospecto atualmente a flutuação do BB é de 217% e vai a 32% com a venda das ações.
O aumento de capital também reduz a alavancagem do banco estatal que cresceu de forma acelerada nos últimos anos por meio de aquisições. A captação elevará o índice de Basileia do Banco do Brasil de 137% para 153% enquanto o mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%. O capital de nível 1 que não inclui dívida subordinada sobe de 94% para 11%. Com isso o BB repete a receita usada por seus rivais privados Itaú Unibanco e Bradesco que cumprem a exigência do BC apenas com capital de nível 1.
Fonte: Valor Econômico
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