A ideia é transformar o Banco do Brasil em multinacional nos principais parceiros econômicos do País. Oficialmente o banco admite que mantém conversas com instituições para ampliar sua presença internacional.

“O Banco do Brasil está analisando diversas oportunidades de negócios no âmbito de sua estratégia de internacionalização. O Banco do Brasil mantém contato com diversas instituições financeiras de diversos países. Mas em respeito às instituições e às negociações o Banco do Brasil mantém o tema em sigilo“ informa a assessoria de imprensa do banco que dessa forma não confirma a negociação com o argentino Banco Patagônia.

O plano de levar o Banco do Brasil a outros países foi explicitado em julho quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou da diretoria que o banco se transforme numa “multinacional financeira“. Em reunião Lula sugeriu que o banco deveria ter presença expressiva nos principais parceiros do Brasil e citou nominalmente a América Latina China e áfrica. Curiosamente foi no mesmo mês de julho que executivos brasileiros passaram a ser vistos com frequência em Buenos Aires na sede do Banco Patagônia.

Oficialmente o interesse do Banco do Brasil é investir fortemente em mercados da América do Sul especialmente Argentina Chile e Paraguai e nos Estados Unidos.

Nos vizinhos o banco quer atuar no varejo com uma instituição que tenha presença relevante no segmento de pessoa física e comércio exterior nicho tradicional do Banco do Brasil no País. Na América do Norte o plano é abrir um banco de varejo para dar principalmente suporte à comunidade brasileira naquele país com serviços como transferência internacional de dinheiro investimentos e financiamento de imóveis.

Outra frente importante é o Japão onde também há grande comunidade de trabalhadores brasileiros.

“A ida para a Argentina faz sentido do ponto de vista comercial porque o governo quer um Banco do Brasil mais forte e internacional. Vale lembrar que um dos principais concorrentes do banco o Itaú já é importante na Argentina Chile e Uruguai“ diz o analista da Austing Rating Luis Miguel Santacreu. Para ele a internacionalização torna o BB “mais atrativo“ para o investidor estrangeiro que eventualmente pode ter interesse em comprar ações do banco.

Se confirmada a compra de parte do Patagônia transformaria o Banco do Brasil em uma instituição maior que o também brasileiro Itaú no mercado argentino. O Patagônia tem 126 agências com presença mais forte em Buenos Aires e no sul do país. Já o Itaú opera uma rede com 81 agências principalmente na capital federal e no centro argentino como Mar del Plata Rosário Mendoza e Córdoba.

Fonte: O Estado de S.Paulo’

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