‘Os spreads só irão cair quando suas causas forem atacadas: inadimplência elevada altos impostos e a ausência de um cadastro positivo de clientes segundo o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Fabio Barbosa. ‘Tem que trabalhar nas causas“ disse a jornalistas após ter participado ontem de debate em seminário com empresários.

Ao sair do mesmo evento o presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles voltou a cobrar redução dos spreads – a diferença entre os valores que os bancos pagam para captar e o que cobram dos clientes nas operações de crédito – embutidos nos financiamentos concedidos. “O spread ainda está muito alto e precisa cair mais“ criticou..

Sem fazer referência nominal Barbosa rebateu o que chamou de acusações sem fundamento de que os bancos estariam evitando conceder empréstimos devido aos efeitos da crise global preferindo ganhar dinheiro aplicando em títulos da dívida pública..Segundo ele os bancos estão pagando o equivalente a 102% do CDI ou seja mais do que os 1125% ao ano atuais da Selic que é a taxa com a qual o governo remunera a maior parte das aplicações em seus papéis. Portanto não faria sentido aplicar num ativo que oferece rentabilidade menor do que a paga pelo dinheiro do que o custo pago para captá-lo. “O Brasil é o único dos países grandes onde as operações de crédito estão crescendo“ afirmou.

Barbosa também mostrou-se cético quanto à possibilidade de o governo baixar agressivamente os spreads do Banco do Brasil.

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