O volume de capital detido pelos acionistas de um banco terá de ser equivalente a no mínimo 7% do ativo total do mesmo. O valor é mais que o triplo dos 2% em vigor atualmente.

Operações de crédito por exemplo fazem parte do ativo de um banco. é da natureza dos bancos trabalhar alavancados ou seja emprestar e “arriscar“ em outras operações complexas mais recursos do que possuem.

A regra mais rígida parte de um pacote que inclui outras medidas visa aumentar a solidez dos bancos ajudando a reduzir os riscos dessas operações e a evitar crises como a de 2008.
Para poderem emprestar mais e fazer operações arriscadas os bancos terão de ter mais capital próprio como seguro para eventuais perdas.

As novas medidas poderão ter impacto negativo na lucratividade dos bancos. Analistas dizem que a maior parte das instituições norte-americanas e europeias tem condições de se adaptar às novas regras. Bancos públicos alemães estão entre os que deverão enfrentar maiores dificuldades.

Segundo Roberto Troster sócio da S/A M e ex-economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) as novas regras ‘Terão impacto quase nulo“ para o sistema bancário brasileiro. “O Brasil já trabalha com padrões mais rígidos“ disse Troster à Folha.

As regras aprovadas ontem pelas autoridades financeiras de 27 países-membros do Banco de Compensações Internacionais (BIS) em Basileia (Suíça) ainda precisam ser ratificadas pelo G20 (grupo de 19 maiores economias mais a UE) em reunião que ocorrerá ainda este ano.
O BIS sugeriu um calendário que se estenderia por dez anos a partir de 2013 para a adoção gradual das regras.

Alguns analistas esperavam regras ainda mais rígidas do que as anunciadas ontem. Em uma concessão ao sistema financeiro os banqueiros centrais estabeleceram que os países poderão individualmente estabelecer um requerimento extra de capital de 25% dos ativos em períodos de forte crescimento econômico.

Fonte: Folha de S.Paulo

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