O maior deles está no ensino infantil a meta do PNE para as creches era de ampliar a oferta de creche de forma a atender até 2006 30% da população de até 3 anos de idade. Até 2010 era preciso chegar a 50% das crianças. Não foi o que ocorreu.

De acordo com Daniel Cara da Campanha Nacional pelo Direito à Educação apenas 16% dos meninos e meninas estão em sala de aula. E para piorar quase todos são filhos de famílias ricas. “O reflexo da desigualdade se mostra principalmente nas creches. As crianças mais pobres são as que estão mais à margem” afirma.

Para as crianças de 4 e 5 anos a meta era de 80% de inclusão. O percentual foi alcançado de acordo com o cruzamento de dados do Censo da Educação Básica e números do IBGE. No entanto o país deixou a desejar em outros artigos do PNE como o que define como fundamental a existência ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades incluindo o repouso a expressão livre o movimento e o brinquedo.

Dinheiro

“Não são as metas que foram ambiciosas o país é que não teve dinheiro para executá-las” afirma o educador da Universidade de Brasília (UnB) Célio da Cunha consultor da UNESCO. Célio que participou da elaboração do plano conta que havia um artigo obrigando o investimento de 7% do PIB em educação. “Quase uma década depois investimos 43%” completa.

Para os jovens mais problemas. O PNE determina a inclusão de todos os adolescentes no ensino médio. No entanto dos 102 milhões de estudantes apenas 83 milhões continuam os estudos após a educação fundamental.

No ensino superior é ainda pior. Apenas 1378% dos alunos de 18 a 24 anos estão matriculados em instituições gratuitas. Pelo PNE em 2010 30% de todos os jovens nessa faixa etária deveriam estar matriculados nas instituições públicas de ensino superior. “Houve um salto significativo de 2002 para cá mas temos outros problemas que impedem o cumprimento da meta” afirmou Maria Paula Dallari Bucci secretária de Ensino Superior do MEC na divulgação do Censo de Ensino Superior do MEC sexta-feira.

Ensino fundamental

De todos os níveis de ensino que fazem parte da educação básica nenhum evoluiu tanto como o fundamental que é obrigatório e contempla crianças de 6 a 14 anos. Desde 1996 União estados e municípios investem na formação de brasileiros de 1ª a 8ª séries com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb).

O Brasil praticamente universalizou o atendimento de toda a clientela do ensino fundamental a partir de 2001 Atualmente as matrículas giram em torno de 98% e estão próximas do que determinava o plano: 100%. Mas a permanência de todas as crianças na escola está longe de ser verdade. O Brasil tem uma das mais altas taxas de repetência evasão e abandono escolar do mundo. é nisso que trabalha o MEC hoje com o índice de Desenvolvimento da Educação Básica pelo qual além do desempenho dos estudantes são cobrados o combate a repetência e a evasão.

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