Hoje (27) os trabalhadores voltam às ruas de todo País para uma grande panfletagem. A atividade organizada pelas centrais sindicais antecede o Dia Nacional de Mobilização que acontece nesta quarta-feira (28) em defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salário; pela ratificação das convenções 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho); pelo fim do fator previdenciário; e pela reforma agrária.

A panfletagem tem o objetivo de compartilhar com a sociedade brasileira a pauta da classe trabalhadora e sensibilizá-la sobre a importância de aprovar medidas que representam melhorias efetivas nas relações de trabalho de milhões de homens e mulheres que constroem o Brasil.

Os trabalhadores pretendem mostrar à população que o crescimento e desenvolvimento do País favorecidos pelo desempenho da economia podem ser traduzidos em mais empregos redistribuição de renda garantia de direitos e ampliação de conquistas. Porém para que isso seja possível é preciso pressão e mobilização de toda a sociedade.

Protestos da quarta

No dia 28 serão realizados atos públicos paralisações atrasos na entrada das fábricas e passeatas em todo o País organizadas pelas centrais -NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) CUT Força Sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) – e suas entidades filiadas para pressionar o Congresso Nacional a atender as reivindicações que buscam benefícios para a classe trabalhadora.

As centrais reivindicarão a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Segundo as entidades a redução além de gerar mais de dois milhões de empregos também trará mais saúde e qualidade de vida aos trabalhadores já que possibilita mais tempo para o estudo lazer descanso e convívio familiar.

Servidor público

A ratificação da Convenção 151 que estabelece o direito à negociação coletiva no serviço público é outra bandeira da jornada. Para lideranças e especialistas ela contribuirá para a valorização dos serviços públicos – alvo do desprezo e do abandono de políticas de sucateamento e privatizações. A ratificação da Convenção 158 coíbe a demissão sem justa causa estabelecendo novos critérios e pondo freio ao desrespeito e à total insegurança vigente no trabalho.

O fator previdenciário entulho da era neoliberal será duramente atacado pelas centrais em função do alargamento draconiano para o tempo e condições de aposentadoria do trabalhador brasileiro.

A luta pela reforma agrária além de integrar as reivindicações dos trabalhadores do campo com os da cidade é uma antiga reivindicação de inúmeros movimentos e entidades.

Ato da quarta

Em reunião realizada nesta segunda-feira (26) na sede do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo os presidentes das centrais acertaram os últimos preparativos para o Dia Nacional de Mobilizações que acontece nesta quarta-feira (28). A principal decisão foi o adiamento da data da entrega do abaixo-assinado ao Congresso Nacional que passou em princípio para o dia 3 de junho.

No dia 3 ou 4 de junho os movimentos sociais pretendem lançar a Frente Nacional pela Aprovação da PEC 438 e um manifesto contra o trabalho escravo. A PEC 438/01 expropria terras onde for constatada a prática de trabalho escravo e está pendente de votação em segundo turno na Câmara.

A decisão decorreu de uma tentativa que está sendo feita com o presidente da Câmara dos deputados Arlindo Chinaglia (PT/SP) de realizar uma audiência pública na ocasião da entrega do abaixo-assinado.

Fonte: Portal Vermelho

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