“é o reconhecimento internacional do que o país fez nos últimos anos com o presidente Lula e da determinação da presidente Dilma Rousseff em levar adiante essa política com o Brasil sem Miséria“ disse ao Correio o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota. Em nota oficial Dilma manifestou “enorme satisfação“ pela escolha do candidato brasileiro cumprimentou o “amigo“ Graziano e ressaltou sua “reconhecida contribuição“ no combate à fome.

“Não sou mais o candidato do Brasil sou o diretor-geral de todos os países“ declarou Graziano em espanhol visivelmente emocionado após a divulgação do resultado. Um dos principais técnicos do primeiro mandato de Lula o agrônomo foi depois foi assessor especial da Presidência. “Com o passar dos anos aprendi que é preciso caminharmos juntos obter o consenso para conquistar os objetivos“ acrescentou depois de agradecer aos países latino-americanos e africanos à comunidade de língua portuguesa e também aos países europeus e aos desenvolvidos. “O professor Graziano deu um sinal nítido de que vai trabalhar com todos“ afirmou o chanceler brasileiro.

O resultado apertado dará ao país a partir de 1º de janeiro de 2012 o cargo de maior visibilidade já ocupado por um brasileiro na governança mundial. Patriota destacou os méritos do candidato que desde 2006 era subdiretor da FAO para a América Latina e o Caribe mas reconheceu que a chave da campanha foi a costura de uma frente com os países em desenvolvimento. “De certa maneira foi uma disputa entre o norte e o sul“ disse o ministro “embora tenhamos recebido apoio de alguns europeus“. Patriota apontou como decisiva a adesão em bloco dos países em desenvolvimento que formam o G-77: em uma reunião realizada entre os dois turnos da votação dirigentes africanos e latino-americanos arrastaram o bloco para fechar o voto “com o candidato que restava do próprio G-77“.

Além de Graziano e Moratinos apresentaram-se candidatos de Iraque Irã Indonésia e áustria. O brasileiro saiu em vantagem já no primeiro turno com 77 votos contra 72 do rival espanhol em um total de 180 participantes. Sob queixas dos europeus mas com o aval do consultor jurídico da FAO a delegação brasileira pediu um recesso de meia hora durante o qual os três candidatos asiáticos declararam apoio a Graziano.

O chanceler brasileiro ressaltou a importância da diplomacia africana realizada nos últimos oito anos pelo Itamaraty tendo como carro-chefe a cooperação em programas sociais como o Bolsa Família sucessor do Fome Zero. “A áfrica era um dos cenários mais importantes de disputa porque saímos com força na América Latina e no Caribe“ analisa Patriota. “Pesou a nossa política de aproximação com a abertura de embaixadas nossas na áfrica e de países africanos aqui.“

Fonte: Correio Braziliense

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