O desenho da área de saúde é o único que permanece indefinido dentro da reestruturação da área de seguridade do BB. O banco ainda não concluiu as negociações com a SulAmérica. O BB gostaria de ficar com 75% da sociedade mas não está claro ainda se a seguradora aceita a pré-condição. Meses atrás a SulAmérica informou que teria intenção de comprar a parte do BB no negócio.

Para negociar a parceria em planos odontológicos o BB tem colocado sobre a mesa uma carteira de 900 mil participantes que possui “dentro de casa“ formada por funcionários ativos e aposentados e seus dependentes.

Na sexta-feira o banco anunciou o aumento da participação no capital total da Brasilprev de 499% para 75%. A operação envolve a transferência de parte das ações que estavam nas mãos da americana Principal que agora vai ficar com 25% do negócio – assumindo por sua vez os 4% que pertenciam ao Sebrae. A BB Seguros fica com 4999% do capital ordinário (com direito a voto) e 100% das ações preferenciais (PN sem voto). Como trata-se de uma troca não haverá desembolso de recursos por parte do BB. Em contrapartida a Principal teve sua aliança estratégica que já havia expirado e outubro estendida até 2032 com a exclusividade da Brasilprev para venda de produtos de previdência complementar na rede de agências do banco.

No acumulado do ano até fevereiro a Brasilprev arrecadou R$ 11 bilhão com crescimento de 691% para um mercado que avançou 252% com R$ 61 bilhões totais em produtos de previdência complementar (PGBL e VGBL) no mesmo período. Em 12 meses a expansão foi de 807%. As reservas técnicas chegaram a R$ 276% bilhões com crescimento de 337% no ano.

A próxima movimentação será sacramentar a aliança com o grupo espanhol Mapfre e consolidar a área de capitalização junto com a Icatu. Ambos os negócios foram anunciados mas não fechados.

Esses movimentos concretizam a orientação estratégica do banco de não ter mais competidores como sócios e ao mesmo tempo fazer com que os negócios de seguros e previdência ganhem relevância no bolo de resultados da instituição lembra Caffarelli. “Com a queda dos juros e dos spreads ao longo do tempo é preciso buscar mais eficiência em outras atividades“ diz. O impacto virá pelo aumento da contribuição por equivalência patrimonial tarifas e corretagem. Em 2009 a área de seguridade representou 13% do resultado. O plano é aumentar essa fatia para 24% até 2013.

Fonte: Valor Econômico

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