A discussão permeia o Conselho Curador do FGTS responsável pelas decisões de aplicação do fundo e a Caixa Econômica Federal gestora dos recursos. O Fundo acumula rendimento de 26% no ano ante inflação de 419% pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Estamos há algum tempo em uma discussão áspera mas respeitosa para que o trabalhador não tenha seu patrimônio corroído pela inflação“ disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) Ricardo Pattah. Ele defende alteração na lei para elevar a correção do fundo que prevê TR mais 3% de juros ao ano.

A Caixa em nota reconheceu que “a expectativa da elevação da inflação tem causado apreensão em todo o mercado financeiro.“ Mas disse acreditar que os indicadores caminham para um “arrefecimento“.

O representante da Central única dos Trabalhadores (CUT) André de Souza destacou que esse debate é inevitável em momentos de picos da inflação mas lembrou que não se pode esquecer a outra ponta da discussão que são os mutuários da casa própria.

Por lei o dinheiro do FGTS é usado para financiamentos habitacionais e obras de saneamento básico. Portanto qualquer alteração que eleve a rentabilidade das contas do Fundo aumentará os juros para os tomadores desses empréstimos.

Fontes do governo informaram que está em estudo a antecipação do prazo de dois anos para que o trabalhador possa aplicar parte do saldo do FGTS em cotas do Fundo de Investimento (FI) FGTS. Criado no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o FI aplica recursos do FGTS em projetos de infra-estrutura e pode ter rendimento mais alto.

Fonte: Estado de S.Paulo

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