Um índice do Banco Internacional de Compensações (BIS) banco central dos bancos centrais que acaba de ser atualizado mostra o avanço da moeda brasileira desde a última reunião de cúpula do G-20 em novembro em Seul onde as autoridades brasileiras insistiam na importância de se evitar uma guerra de moedas.

O BIS calcula a taxa de câmbio efetiva real (EER) de 58 países e da moeda única europeia. A EER representa a média cambial da moeda de um país relativa a uma cesta de outras moedas ajustadas pelo preço ao consumidor. Se o ranking da moeda está abaixo de 100 significa que está desvalorizada e tem espaço para se apreciar.

Na cúpula de Seul há sete meses a taxa de câmbio efetiva real era de 1481 por unidade do real. O BIS mostra agora que a taxa pulou para 15768 em junho ou seja o real se valorizou ainda mais.

Já a moeda chinesa continua se desvalorizando em termos reais. Estava em 11965 e agora caiu para 11631.

Também no caso do dólar americano continua se desvalorizando: a taxa efetiva real era de 8941 em novembro passando nesta última sondagem a 8451. O euro estava em 9395 agora subiu ligeiramente para 9748.

O BIS mostra que o peso argentino está em 778 no índice menos da metade da valorização da moeda brasileira. A Coreia do Sul em 832 e o México em 934 ou seja todos com amplo espaço para valorizar suas moedas.

Em recente passagem por Paris o ministro da Fazenda Guido Mantega insistiu que a guerra das moedas está longe de acabar. Mas no G-20 não só um acordo internacional não avança como as tentativas são de limitar a imposição de controle de capital.

O Brasil porém avalia que o G-20 vai no máximo dar uma “opinião“ sobre o uso de instrumentos para controle de capital. Nada de recomendação ou código de conduta como propôs o FMI.

Fonte: Valor Econômico

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