Ao assumir amanhã a presidência do Banco do Brasil Aldemir Bendine deverá fazer mudanças em seis das nove vice-presidências da instituição segundo apurou a Folha. O Conselho de Administração do banco precisará confirmá-las em reunião prevista para hoje.

As trocas na cúpula do BB obedecem a ordens diretas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar a concessão de crédito reduzir os juros bancários e priorizar o pacote de habitação popular. Todas essas orientações são vistas como fundamentais para o combate à crise econômica e o êxito da eventual candidatura presidencial da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff em 2010.

Segundo a Folha apurou quatro vice-presidentes deverão sair. Um vice deverá trocar de cadeira. E deverá ser preenchida a vaga de Bendine que era vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo. Segundo a Folha apurou os quatro vices que deverão deixar seus postos são Adézio de Almeida Lima (Crédito Controladoria e Risco Global) José Maria Rabelo (Negócios Internacionais e Atacado) Milton Luciano dos Santos (Varejo e Distribuição) e Luiz Oswaldo Moreira de Souza (Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socioambiental).

Vice-presidente de Governo Ricardo José da Costa Flores deverá ser deslocado para a vice de Crédito Controladoria e Risco Global. Diretor Comercial Allan Simões Toledo deverá comandar a vice de Negócios Internacionais e Atacado. Diretor de Seguros Previdência e Capitalização Alexandre Abreu deverá ocupar a vice de Varejo e Distribuição. Diretor de Menor Renda Robson Rocha deverá comandar a vice de Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socioambiental.

Para o lugar de Bendine na vice de Cartões e Novos Negócios de Varejo deverá ser nomeado Paulo Rogério Cafarreli atual diretor de Novos Negócios de Varejo. Em substituição a Flores na vice de Governo deverá ser indicado Ricardo Oliveira atual assessor da presidência do BB.
Indicado à vice de Governo após reunir apoio político do PMDB e de alas do PT Flores é visto como uma opção que reúne a parte técnica com jogo de cintura político para chefiar a vice mais importante a de Crédito. Ele já atuou em postos altos nas áreas de crédito e seguridade. Na vice de Governo lidou com Estados municípios tribunais e órgãos públicos que são clientes do banco.
A mudança na cúpula do BB se deve à insatisfação com o que o Palácio do Planalto considera lentidão no cumprimento de ordens de Lula como ampliar a concessão de crédito a empresas e reduzir mais velozmente o “spread“ (diferença entre o custo de captação do dinheiro e aquele cobrado do cliente que faz o empréstimo).

Lula e seus principais auxiliares ouviram queixas de empresas de que o crédito estaria travado no BB. Para Lula e os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma a gestão de Lima Neto conduzia o BB mais como um banco privado do que instituição controlada pelo Estado. A União é acionista majoritária do BB que tem capital misto e ações em Bolsas.

Dos seis novos vices todos são funcionários de carreira. O único com filiação partidária é Robson Rocha (PT). Dos quatro diretores de saída todos são funcionários de carreira. E dois têm filiação ao PT: Adézio Almeida Lima e Luiz Oswaldo Moreira de Souza.

Fonte: Folha de S.Paulo

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