Ao menos 400 sindicalistas ligados a Força Sindical CUT UGT CTB Nova Central e CGTB vão se revezar a partir do dia 4 de agosto em visitas aos deputados e aos senadores para buscar apoio ao projeto de redução da jornada sem diminuição dos salários aprovado no início deste mês na comissão especial da Câmara.

O projeto que além da diminuição da jornada prevê ainda o aumento do valor da hora extra de 50% para 75% do valor da hora normal precisa ser votado em dois turnos na Câmara dos Deputados e no Senado.

“Com a redução da jornada haverá geração de empregos medida importante neste momento de incertezas econômicas. Segundo o Dieese a medida tem o potencial de criar em uma primeira etapa cerca de 2 milhões de novas vagas“ diz o deputado Paulo Pereira da Silva presidente da Força. Para os empresários a redução da jornada deve trazer aumento de cerca de 10% no custo do trabalho segundo cálculos da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A medida segundo os empresários pode comprometer a competitividade ameaçar o emprego e adiar a retomada do crescimento.

A redução da jornada é um dos principais temas dos congressos nacionais da Força Sindical que acontece de hoje até sexta-feira e da CUT marcado para a próxima semana. Cerca de 3.500 dirigentes da Força e 2.300 sindicalistas da CUT vão discutir ainda uma nova prorrogação da redução do IPI para os setores de automóveis e eletrodomésticos pedido que deverá ser encaminhado ao governo.

Para os carros a isenção do IPI termina em setembro. A partir de outubro as alíquotas sobem gradualmente e retornam ao normal em janeiro. Para o setor de eletrodomésticos a redução termina em outubro. “Enquanto essa medida for necessária para aliviar a economia vamos apoiar. Mas como algo temporário“ diz João Felício secretário de Relações Internacionais da CUT.

No congresso da central os cutistas vão debater ainda outras medidas que possam fortalecer o mercado interno para impulsionar a economia e o emprego. “Com propostas vamos pressionar o governo para que as políticas públicas sejam direcionadas para aumento da produção do emprego e da renda“ afirma Quintino Severo secretário-geral da CUT. O objetivo segundo ele é discutir qual será o centro do projeto de desenvolvimento do Brasil e as ações do Estado para viabilizar esse desenvolvimento.

Fonte: Folha de S.Paulo

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