‘Quando se projeta terceirizar qualquer tipo de serviço mesmo os que fazem parte da atividade-fim das empresas o que se projeta não é apenas a diminuição de custos. Mas sim a precarização de todas as categorias de trabalhadores. Isto porque a cria-se uma atmosfera desfavorável ao trabalhador com uma relação de emprego fragilizada menores salários e uma grande dificuldade dos trabalhadores se organizarem para lutar por seus direitos. Ou seja desmontam-se todas as conquistas de anos de lutas e esforços da classe trabalhadora.

Hoje no Brasil inteiro os trabalhadores terceirizados já estão sofrendo. Empresas fazem contrato de prestação de serviços atrasam pagamento de salários de vale-refeição de vale-transporte férias. Depois de um ou dois anos abrem falência ou simplesmente desaparecem do mercado e os trabalhadores terceirizados são normalmente transferidos para outras empresas que substitui as primeiras pouco depois o quadro se repete. Ficando muitos trabalhadores sem receber.

Os salários são baixos as condições de trabalho são ruins a falta de representação sindical adequada deixa esses trabalhadores desassistidos. Muitas empresas de mão de obra terceirizada são constituídas com o uso de “laranjas” que cedem seus dados para esse fim.

Veja-se o caso dos bancários nacionalmente organizados em sua categoria agora assistem a terceirização antes apenas da vigilância e da limpeza a estender-se para serviços tipicamente bancários. Serviços como pagamento e recebimento de títulos saques e depósitos em contas-correntes e contas de poupança. São os chamados correspondentes bancários.

E esse “novo bancário” sofre pois exerce suas funções e não é reconhecido por isto. A proteção mínima da categoria bancária como segurança das agências vigilância armada alarmes e até mesmo os acordos coletivos da categoria. Nada disso alcança os correspondentes bancários que trabalham em lotéricas Correios Supermercados etc. Estão todos por sua própria conta e risco desempenhando tarefas bancárias.

O bancário tem nos acordos coletivos a proteção de quebra de caixa além de remuneração específica para a função. As agências contam com cofres e casas-fortes. O bancário tem Jornada Legal de trabalho definida devido ao trabalho estressante da categoria como manipular valores conferir cálculo. O bancário tem diversas assistências e garantias. E os correspondentes bancários deixam aos seus trabalhadores o ônus do excesso de atividades dos riscos inerentes à atividade bancária e a desproteção contra erros de troco assaltos roubos e furtos.

Será que a sociedade brasileira caminha para um trabalho semelhante aquele de países onde há falta quase completa de proteção ao trabalhador? Jornadas extensas de trabalho rotatividade de mão de obra e o medo da perda de um emprego mal remunerado cansativo e adoecedor?

A terceirização enfraquece também o mercado interno do Brasil gerando empregos sem qualificação e concentrando ainda mais a renda nas mãos do capital deixando trabalhadores doentes sujeitos a acidentes e a perda total de qualidade de vida. Por causa da rotatividade de mão de obra o trabalho terceirizado oferta mão de obra sem qualidade tornando-se foco de péssimos serviços e resultados ruins para a sociedade.

As Instituições sérias lutarão para eliminar as terceirizações já presentes no mercado de trabalho do Brasil e não pelo aumento da precarização do trabalho no País. Por tudo isto e por estar ao lado do trabalhador a CONTEC diz não a terceirização! Diz não ao PL 4330-A/2004!

Fonte: CONTEC

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