O grupo espanhol Santander espera obter até julho no mais tardar agosto as aprovações de todas autoridades internacionais e locais para separar o Banco Real do banco holandês ABN AMRO e assumir definitivamente o controle da instituição brasileira. Em 31 de outubro o Santander vai divulgar o plano de integração do seu banco no Brasil com o Real disse o presidente mundial do grupo Emilio Botín sexta-feira.

O processo de integração deve levar três anos. Mas de acordo com Botín “já estamos trabalhando juntos”. De fato na semana passada o presidente mundial do Santander teve reuniões com a equipe do Real capitaneada por Fábio Barbosa futuro presidente do grupo no Brasil pronto para assumir assim que a separação do Real do ABN AMRO for autorizada.

Botín não quis desvendar o futuro da marca Real mas anteriormente já foi lembrado que a política do Santander é migrar as marcas locais para a global. Foi o que aconteceu com o Banespa. Produtos que apóiam o ambiente e sucessos como o cheque especial Realmaster devem ser mantidos.

Foi a primeira entrevista coletiva dada à imprensa brasileira por Botín cujo objetivo era anunciar a contratação de Pelé como embaixador do Santander na Copa Libertadores. O Santander investiu R$ 13 milhões para ser o patrocinador oficial da copa. O valor do acordo com Pelé não foi divulgado. Em 55 minutos de entrevista foram 12 perguntas sobre futebol e sete sobre os planos do Santander.

Envolvendo 38 times de onze países da América Latina em cerca de 140 partidas vistas por 15 bilhão de espectadores por temporada a Copa Libertadores cabe como uma luva nos planos do Santander na região.

O Santander opera em nove países da América Latina – Argentina Bolívia Brasil Chile México Peru Porto Rico Uruguai e Venezuela – onde administra US$ 200 bilhões em créditos depósitos fundos de investimento e de pensão em 44 mil agências. São 65 mil empregados metade da folha do grupo sem contar o Banco Real. Em 2007 teve lucro líquido de US$ 36 bilhões na região 27% a mais do que em 2006. No mundo todo o lucro foi de ? 906 bilhões.

O Brasil é a estrela do momento. “Agora que as turbulências financeiras estão afetando as maiores economias do mundo vir ao Brasil é uma injeção de otimismo. O Brasil é o último país a que pode chegar a recessão. Aqui se fala de fortaleza dos bancos. Aqui há tudo menos crise” disse Botín.

Já em relação à crise financeira internacional o banqueiro não está otimista e receia o contágio da economia real. “Vai ficar pior antes de melhorar” disse Botín prevendo que as turbulências podem durar ainda um ano.

Fonte: Valor Econômico

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