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A regra de reajuste do salário mínimo acertada com as centrais sindicais considera a inflação do ano anterior mais o crescimento econômico de dois anos antes que no caso de 2009 foi negativo. No final do ano passado o valor saltou de R$ 510 para R$ 540 uma alta de 588%.
O INPC divulgado na semana passada pelo IBGE foi de 647% em 2010. Portanto o governo teria que dar aos trabalhadores a diferença. é preciso dar um reajuste que dê no Orçamento. A regra do salário mínimo garante estabilidade explicou Gleisi.
Independente de acordo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) o Paulinho da Força Sindical quer um valor que considere o forte crescimento econômico do ano passado que pode superar a marca dos 7%.
Ele disse que apresentou emenda à medida provisória do governo reivindicando mínimo de R$ 580. Sem avanços na negociação com o governo Paulinho afirmou que representantes das centrais sindicais devem se reunir hoje para debater o assunto.
O ministro do Trabalho Carlos Lupi destacou que o Congresso é soberano para decidir sobre o mínimo. Com o agravamento da crise entre PT e PMDB por disputa de cargos do segundo escalão o debate virou moeda de barganha dos partidos. O partido aliado do governo ameaça apresentar uma emenda com o valor de R$ 560.
Cálculo. Desde o ano passado o governo de Lula (com aval da equipe da presidente Dilma Rousseff) defende o salário mínimo de R$ 540 com a alegação de que um aumento maior poderia desequilibrar as contas públicas. O valor foi calculado com base em inflação de 588% e de PIB de dois anos atrás (que foi negativo). O ministro da Fazenda Guido Mantega tem dito que o governo irá vetar um valor superior aos R$ 540.
Ele esqueceu porém que a inflação de 2010 de 647% já exige um mínimo maior do que o proposto pelo governo ou seja de R$ 543.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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